MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

segunda-feira, 26 de julho de 2010

ABRAÇA A MINHA ALMA










Abraça a minha alma com ternura,



como se estivesses abraçando a lua.



Eu iluminaria o teu coração



com candura.



Como toda a lua,



seria como o mel,só doçura.



Se pensares em mim na noite escura,



quando no céu eu aparecer



calada e pura,



sinta a energia que te envio,



como forma de te amar,



sinta-me nos teus braços a sonhar.



Embala-me com carinho,



pois estou só e no céu caminho.



Sinto-me perdida



e só em ti eu ainda penso.



Quando olhares o firmamento



e no céu não me encontrares,



estarei afofando as nuvens



para nos teus sonhos



eu adormecer quando sonhares.





Débora Benvenuti


domingo, 25 de julho de 2010

A SOMBRA



A Sombra





Depois de muito me acompanhar

em noites enluaradas,

nas tarde encabuladas,

quando todos dormiam a sesta

sem pensar mais em nada,

sinto que não mais tenho

quem me siga na calçada.

A minha sombra se ausentou

e nem recado me deixou.

Procurei-a por todo o lado

e ninguém sabia me dizer

o que minha Sombra andava a fazer.

Perguntei ao Vento

se ouvira algum lamento,

algo que indicasse

que minha sombra sofria

de alguma dor que eu não sabia,

mas o Vento,indiferente

só por mim passou e nada falou.

Então a encontrei de braços dados

com outra Sombra que a mantinha ao seu lado.

As duas estavam apaixonadas

e me pediram que as deixassem partir,

sem nada pedir.

Simplesmente,

as deixasse existir.

Nesse instante percebi,

que mesmo sendo Sombras

eu não tinha o direito de impedir.

E lá se foram as duas,

caminhando lado a lado,

esquecidas de que Sombras

só são vistas na madrugada,

quando a lua encabulada

ilumina a rua lá do alto,

projetando sombras na calçada..



Débora Benvenuti

sexta-feira, 16 de julho de 2010

AONDE VAIS...?




Aonde vais...?





Abandonas-me novamente

e sais a procura de um amor distante.

Com que prazer te jogas nesta aventura

e nem sabes o que estás a procura.

Talvez encontres um amor errante

que como tu,

está perdido, só e desiludido.

Mas não te julgues realizado

se encontrares um coração abandonado.

Em algum lugar ele se encontra perdido.

Talvez tenha sido só esquecido

e esteja arrependido

de vagar sem ter sido compreendido.

Aonde vais...coração?

Por acaso me destes explicações?

Estou aqui com a alma inquieta,

triste companhia nas horas incertas.

E me deixas assim tão desamparada,

ou julgo estar enganada?

Sou eu quem te deixo partir

ou és tu que estás a decidir?





Débora Benvenuti

sexta-feira, 9 de julho de 2010

MEU LIVRO NA EDITORA







DESAFIO




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E GANHE UM EXEMPLAR

MEU PRIMEIRO LIVRO DE POEMAS SERÁ EDITADO PELA
 EDITORA "CORPOS"
NA CIDADE DO PORTO, EM PORTUGAL.
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quarta-feira, 7 de julho de 2010

A CAIXA DOS SENTIMENTOS



A Caixa dos Sentimentos



 
 

O Amor andava ansioso para descobrir

o que o Coração andava pensando.

Por mais que tentasse descobrir,

sempre o Coração encontrava

uma desculpa para escapulir.

O Amor já havia habitado esse mesmo Coração,

mas já fazia muito tempo e ele morria de aflição,

por que não sabia como seria recebido pelo Coração.

Inventava mil maneiras para se aproximar,

mas o Coração não abria as portas para o Amor entrar.

O Amor então tomou uma decisão:

Procurou o Coração e pediu a ele permissão,

para dar só uma olhadinha,

para ver como andava o coração.

Bateu à porta e percebeu que

a fechadura estava enferrujada,

tal o tempo em que aquela porta

 permanecera fechada.

Talvez o Coração nem soubesse

dessa triste condição,

Por que passava a maior parte

 do tempo na escuridão.

O Amor entrou,

acendeu a luz do Coração

e percebeu que ali que haviam

sido guardados um tesouro,

que valia muito mais do que o ouro.

Reluzia tanto que ofuscava a visão do Amor.

O Amor se aproximou

e encontrou uma caixinha fechada,

com uma fita amarrada.

Desatou a fita e foram saindo de dentro

da caixinhaos sentimentos

 que o Coração havia guardado:

- A felicidade, o Afeto, a Ternura,

a Sensibilidade, o Amor e a Candura

e vários outros sentimentos que o Amor

foi recolhendo,

a medida que eles iam aparecendo.

De posse de todos esses sentimentos,

o Amor chamou o Coração e a ele confessou,

que gostaria de viver para sempre

 morando naquele coração.

E os dois então decidiram,

que as portas jamais se fechariam

enquanto houvesse emoção,

e o Coração aceitasse viver

 com toda essa ilusão.


 



 

terça-feira, 6 de julho de 2010

A SOLIDÃO PASSEIA NA CLAREIRA




A Solidão passeia na Clareira


 


A noite chega de repente

e traz a melancolia

para me fazer companhia.

Escuto os sons da rua

e não vejo mais a lua

da janela do meu quarto.

Acho que ela se escondeu

para não me responder

o que faço eu,

se já não sei mais quem eu sou.

Serei a sombra de um amor

que está morrendo de dor,

da dor de não ter um amor.

A solidão passeia

na clareira,

sob a luz da lua cheia.

Seu vulto se delineia

e eu a posso ver

se enroscando no meu travesseiro,

estendendo as mãos traiçoeira,

me abraçando por inteiro.

Tento gritar bem alto,

mas nenhum som se ouve na madrugada.

O ar está quente, abafado

e eu sinto o suor escorrer-me pela face,

deslizando em gotas,

que umedecem a minha roupa .

A solidão abre as gigantescas asas,

e pousa sobre mim.

Com garras afiadas,

rasga a minha pele,

desnuda a minha alma

e me deixa nua.

Sinto a pele arder,

os olhos escurecer

e sem poder me conter,

acordo para mais um amanhecer...

Sem você!


Débora Benvenuti



 

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A VOLTA DO CORAÇÃO



A Volta do Coração





 

Um Coração que um dia havia amado,

a outro Coração por quem estivera

muito apaixonado,

resolvera voltar a procurar

esse Coração que há tanto tempo

havia abandonado.

A viagem era longa

e pela estrada ele vinha recordando,

tudo o que havia vivido com esse coração,

que tanto o amara.

Imaginou o que o Coração diria,

quando o visse voltando.

Pensou com carinho,

nas palavras que usaria,

para dizer o quanto o amara,

nesses longos anos em que sumira,

mas sempre disse que voltaria.

Isto foi uma promessa que cumpria agora,

com muita alegria,

vibrando de euforia,

por que sabia que por ele

o Coração sempre estaria esperando.

Quando chegou à casa

do Coração que tanto amara,

ele não estava mais a sua espera.

Havia partido para uma viagem

e nunca mais voltara,

por que no lugar onde ele agora

se encontrava,

só se ia,

nunca mais voltava...