MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Minha Primeira Antologia Poética


Já saiu a Primeira Antologia Poética da minha Editora em Portugal.
São vários autores.
Os amigos que quiserem adquirir,podem fazê-lo através do link do site que estou postando aqui. Para meus amigos(as) portugueses, fica mais fácil. Eu vou mandar buscar os exemplares por cartão de crédito. É seguro e fácil. Só demora uns quinze dias,dependendo da alfândega. Valor 15.00€ IVA ( Quinze Euros)

ÍNDICE - Estes são os Autores
Abdul Cadre :
Asa Negra. . . 5
Albertina Fernandes :
Luz. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
Alessandro Moura :
As flores.... . . 7
Alexandre Homem Dual:
De Branco Pintadas as Paredes São. . . . . . . . . . . . . 8
Amanda Amanari :
O cacto e as flores. . . 13
André Ribeiro :
Cidades escuras, ou eu sem ti (nelchael). . . 14
António José Serra Duarte :
Hora-a-Hora. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
António Vicente Aposiopese :
Vão Velorosas Valérias. . . 18
Carla Monteiro :
Aos poetas. . 19
Carlos Cebolo :
Agulheiro dos Mares. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
César Salgueiro :
Ideias. . . 23
Clarice Lis Marcon :
a água lavou. . . 25
Débora Benvenuti :
O Acendedor de Corações. . 27
Deusdeth Maciel :
Flor de Outono. . . 29
Elsa Nunes :
Mistérios da alma. . . 32
Emanuel de Abreu :
Ironias do Amor. . 34
Estgma :
Dupla existência. . 35
Fábio R. Villela :
Metade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37
Fabíola Gimenes :
Deixarei... (Fase: Silêncio) . . . . . . . . . . . . . . . . .39
Francilangela Clarindo :
O Mar à Janela. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40
Guilherme Duarte :
Tributo à amizade. . . 43
Jorge Almeida :
Última estação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46
Jorge M. C. Antunes :
Solstício de Verão. . . 47
Leandro Yossef :
Mil vezes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49
Leonardo Peracini :
Eis o Homem. . . 50
Letícia Borges :
Borboleteando. . 52
Lie Caseiro :
Aquilo que não sei o nome. . . . . . . . . . . . . . . . .53
Liliana dos Santos Teixeira :
Aeroporto de Sombras. . 55
Lopes :
Viajar do tempo. . 56
Lourdes Ramos :
Mel Português. . 58
Madalena A. C. Rocha :
Pensamento do Dia. . . 59
Manuel Machado :
O Retrato. . . 60
Maria Inês :
Aguarela do Silêncio. . 61
Maria Teresa Sá Carvalho :
Mar de Desejos. . . 62
Mariangela Barreto :
Alma bipolar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63
Maurício Duarte :
Você. . 64
Mirandulina Rego :
Retalhos de Escrita. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66
Mosath :
Belial em San Francisco - Poema I. . 69
Nani :
Palavras . 78
Priscila Coelho Silva :
Aracaju-se. . . 80
Renato Laia :
Aqui Jaz Uma Vida. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81
Rhodys Sigrist :
Dança das Quimeras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .83
Ricardo Pacheco :
Renascido das Cinzas. . . 84
RitaPea :
Ser cantante. . . 86
Roberto Armorizzi :
Cada Inteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87
Serpente Angel :
E era tão grande.... . . 87
Tuna :
Desespero. . . 89
Valdemi Cavalcanti :
Qual foi o meu crime, senhor?. . . . . . . . . . . . . . .90
Venerável Hermyon :
União. . . 93
William Vicente Borges :
Acréscimos e decréscimos. . . 94
Y.K. :
Discurso da Natureza (Youkai). . . . . . . . . . . . . . .96

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A Saudade e o Amor II






             A Saudade andava se sentindo muito só. Por onde passava, ia deixando pegadas tão profundas, quanto o peso que carregava em sua alma. Cansada do fardo que  carregava, sentou-se à sombra  de uma árvore, espreguiçou-se como pôde, aspirou o suave perfume das flores naquele belo dia  de primavera, deitou-se na relva macia e sentiu-se adormecer  profundamente. O Amor ia passando por ali e naquele momento e  encontrou a Saudade, num sono tão inocente, que sentou-se ao seu lado e ficou a observá-la. Sentiu-a tão triste ali sozinha, naquele sono tão displicente, que sentiu um enorme carinho pela Saudade. Tocou-lhe a face com suavidade e  sussurrou-lhe ao seu ouvido palavras tão ternas, como nunca antes a Saudade havia ouvido. Ela então sentiu a presença do Amor ao seu lado, abriu os olhos de mansinho e percebeu como era lindo o Amor, quanta delicadeza havia naquele olhar e que ternura  emanava do seu coração. Uma lágrima escorreu pela face da Saudade e o Amor então se aproximou e tocou  suavemente com os lábios aquela lágrima que a Saudade deixara escorrer.Foi um momento sublime, de rara beleza. O Amor então estendeu a mão, para que a Saudade pudesse se levantar. Abraçou-a docemente, recolheu o fardo que a Saudade carregava e os dois partiram abraçados pela estrada, sentindo que estariam sempre juntos, por onde quer que andassem, por toda a Eternidade...


Débora Benvenuti

domingo, 19 de maio de 2013

O Vazio e a Curiosidade




Havia certos momentos em que o Vazio se apoderava de todos os sentimentos e ia se alastrando em todas as direções, sufocando a quem ele encontrasse pelo caminho.Não deixava nenhum espaço sem ser ocupado. Esmagava as emoções de forma tão perversa, que nada por perto parecia ter vida. A Esperança,nesses momentos, sentia-se impotente, perante o vazio avassalador que teimava em obstruir todas as  frestas do seu coração. Era em momentos assim, que a Curiosidade não se contia. Analisava todos os ângulos daquele vazio imenso, procurando  descobrir uma forma de se infiltrar e fazer a Esperança acordar daquele sono hipnótico, no qual caíra em profundo esquecimento. Nenhum som se ouvia, apenas o tic-tac do relógio marcando o tempo, que insistia em passar, movendo os ponteiros de forma ritmada, como se fosse um robô, à mercê do próprio tempo. E o Tempo, que sempre estava a passar, nada percebia ou se percebia, nunca tinha tempo nem para ele mesmo, quanto mais para perceber o quanto o Vazio preenchia o tempo. E assim, dessa forma desordenada, a Curiosidade se mantinha em sua forma mais sutil, buscando uma forma de regatar as emoções e fazê-las preencher o Vazio, para que se tornasse novamente habitável.


Débora Benvenuti

segunda-feira, 13 de maio de 2013

O Coração e a Esperança







O Coração acordou assustado.
Estava muito cansado
e tivera um sono agitado.
Passara a noite num lugar encantado,
onde haviam gnomos e fadas.
Lembrava apenas de algumas cenas,
que se delineavam em sua mente,
como um filme que assistia sempre.
E cada vez que isso acontecia,
ele sentia que precisava assisti-lo novamente.
Eram raros esses momentos,
Mas ele queria voltar a dormir
e sonhar o mesmo sonho,
mesmo que esse sonho fosse um tormento.
Queria continuar sonhando,
e pediu a sua amiga Esperança,
que o fizesse dormir,
e enquanto ele dormisse,
o transportasse ao mesmo lugar
onde sabia que iria encontrar outro Coração,
que o estava a esperar.
Ele sabia que só lhe restava sonhar,
mas enquanto fosse sonho,
poderia realizar.
Queria muito um Amor encontrar,
e a Esperança se pôs a imaginar como faria
para esse sonho realizar.
Enquanto o Coração dormia,
bateu de porta em porta,
até encontrar
um Coração de alma vazia,
que já não mais conhecia a Esperança.
Quando ela se aproximou,
o Coração ficou receoso
e dela se aproximou, cauteloso,
pois há muito tempo não a via.
A Esperança tentou convencê-lo
de que encontrara outro Coração
que desejava conhecê-lo.
O Coração ficou desconfiado,
pensou muito, pois já sabia
que a Esperança a qualquer momento
poderia abandoná-lo
e ele não queria outra vez
correr o risco de ser magoado.
Depois de muito pensar,
decidiu que era hora de recomeçar.
E de mãos dadas com a Esperança,
foi em busca do sonho,
que ainda guardava na lembrança...



Débora Benvenuti

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A Morada do Amor







Um Coração muito magoado,
 depois de muito procurar,
sem ter encontrado
outro coração para amar,
resolveu sair a procura
desse amor tão desejado.
Chegando às margens de um lago,
encontrou um barco abandonado
e resolvido a ver o que havia
nas outras margens.
Tomou o barco emprestado
e começou a travessia,
para o outro lado do lago.
Durante a travessia,
foi ouvindo muitos relatos do Vento,
que soprava suaves melodias ao seu ouvido.
Falava de canções tão esquecidas,
que o Coração ouvia cada vez
mais enternecido.
Eram canções tão suaves,
que falavam de Amor,
esse quase desconhecido do pobre Coração,
já enfraquecido,
que a cada palavra sussurrada pelo  vento,
ia ficando cada vez mais apaixonado,
 e desejando cada vez mais que o Vento
 contasse logo onde era a morada
 desse sentimento,
que fazia os corações baterem descompassados,
 a cada sonho alimentado.
O Vento, então,
percebendo a ansiedade do coração,
terminou a travessia,
deixando o passageiro
do outro lado do lago.
O coração desembarcou
e nada ali encontrou.
Ficou muito tempo escutando
o murmúrio do vento,
que dizia a todo o momento:
- Eu existo...eu existo...eu existo...
Eu existo dentro de você!!!
O Coração compreendeu
onde era a morada do Amor
e se comprometeu
a deixar sempre a porta aberta,
para receber o Amor
  de um outro coração
que fizesse a travessia inversa...


Débora Benvenuti

sábado, 30 de março de 2013

O Amor e a Paixão






Um dia por acaso,
ouvi esse diálogo
entre o Amor e a Paixão:
- Eu sou o Amor
e por onde eu passo,
vou deixando um rastro
de perfume de flor.
E você...quem é você?
- Eu sou a Paixão
e por um onde eu passo,
vou deixando um rastro
de amargura e de dor
e já te encontrei muitas vezes
entre flores e dores.
 - E que trazes contigo?
Pergunta a Paixão
ao amigo chamado Amor.
- Eu venho de muito longe
e existo desde o princípio
de todas as eras
e assim espero
continuar espalhando
Ternura, Afeto  e  Amor.
- E que trazes você,
em tua bagagem, amiga Paixão?
- Eu trago comigo muitas estórias
quando parto um coração.
Eu fico por perto,
a espera do momento certo,
de me instalar novamente
em mais um coração.
- Pois eu acredito,
que por ser o Amor habite mais tempo,
ilumine os caminhos
de quem confundiu
Amor com Paixão.
Eu faço a incerteza
viver com tristeza
em cada coração.
Isso me faz viver por mais tempo
e não ter que partir,
permaneça unindo
ainda mais os corações.
E os dois continuaram
caminhando lado a lado,
cada qual acreditando
viver mais tempo
no coração solitário
de quem vive buscando o Amor...


Débora Benvenuti

sexta-feira, 1 de março de 2013

A Paixão




A Paixão embriagada
caminhava desmotivada.
Sentia-se enganada
e no Amor não mais confiava.
Cada vez que se declarava
o Amor fingia que não entendia
e a Paixão se consumia.
Ardia em chamas
e nada conseguia.
Fazia versos,
dizia o que sentia
e nada disso adiantava.
A Paixão então ficava a cada dia
mais determinada.
Precisava conquistar o Amor
e estava desesperada.
Seus argumentos eram cheios
de sentimentos.
A Paixão era uma chama ardente,
que se consumia lentamente.
Queimava como brasa
ao mais leve sopro da brisa.
E quanto mais a brisa soprava
mais a chama se propagava.
A Paixão se consumia
de tanto amor que sentia.
Até que um dia,
O Amor se contagiou
com o calor que essa Paixão
por ele sentia.
Era uma noite fria
e o Amor precisava de calor,
para aquecer o seu coração que sofria.
A Paixão então se aproximou do Amor
e o envolveu  docemente.
Falou da sua paixão
e do quanto precisava desse amor
para preencher seus dias.
Amor e Paixão,
a partir desse dia,
viveram tão unidos,
que se tornou impossível
descobrir qual dos dois
habitavam um mesmo coração.


Débora Benvenuti