O
Ponto deixou de ser criativo no momento que se tornou ponto. A partir daquele
momento, o Ponto chegou a conclusão de que nada mais havia a ser dito.Era o
Ponto final. Mas Ponto final para que...?Ficava a interrogação. Mas depois do
ponto, para que servia a interrogação? Esta era uma pergunta que a Criatividade
não poderia deixar de se perguntar. Afinal, criar era algo que a Criatividade
sabia fazer muito bem. E como sabia. Criava situações muitas vezes até cômicas e
deixava o Ponto sem argumentos. Então ele se achava superior à Criatividade? Se
assim pensava, estava muito enganado. Qualquer coisa era motivo para a
Criatividade dar asas à Imaginação. Criar era algo tão simples quanto um
estalar de dedos e para muitos, tão complicado que só sobravam risos e mais
risos, a cada ponto final. E não era só um ponto. Havia mais dois pontos e logo
depois, mais três pontos. Mas o que o autor dos pontos queria dizer com isso?
Débora
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