MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

terça-feira, 12 de junho de 2012

O Sentimento e a Emoção





O Sentimento divagava enquanto
procurava uma explicação,
que fosse muito convincente,
para falar a um Coração.
Precisava fazer uma declaração
e não sabia como exprimir
essa sensação.
A Emoção o transformava
e isso o deixava sem muita ação.
Não podia expressar mais
do que pensava,
isto o faria criar outras expectativas
e essa não era a sua intenção.
Muitas vezes a Emoção o dominava
e ele não conseguia
demonstrar sua afeição.
Então esperaria a ocasião oportuna
para falar ao Coração.
Diria com sinceridade,
palavras carinhosas,
para não ferir a sensibilidade
nem causar comoção.
Com muita emoção,
com os sentimentos latentes
martelando a sua mente,
confessou que era somente
amizade o que sentia.
Não era amor nem outro sentimento,
isso ficava evidente.
O Sentimento,sorridente,
enfim ficou contente:
Demonstrou seus sentimentos,
com Emoção,sem constrangimentos.


Débora Benvenuti

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Ao som de um Violino




Ao som de um Violino


A Imaginação rodopiava alegremente
ao som de um violino,
que chorava melodias de amor,
ao cair da noite.
A atmosfera romântica
traduzia os sentimentos,
que esvoaçavam pelo ar
feito folhas levadas pelo vento.
E ela sentia-se inebriante
com a felicidade que a envolvia
como um manto
e deixava-se acalentar docemente,
ouvindo aquele som
que a elevava transbordante.
E o pensamento esvoaçante
a conduzia por terras distantes,
onde o amor fizera o seu ninho
e a conduzia, hesitante.
Tinha medo de acordar
e naquele instante
não mais lembrar
desse momento de euforia,
que amava tanto.
O som se extinguia lentamente...
Chorava a melodia
que não queria se desfazer da noite,
que se prolongava...fria.

Débora Benvenuti

domingo, 10 de junho de 2012

O Beijo




O Beijo



O Beijo acordou curioso.
Há muito tempo queria descobrir
como seria o Beijo
em outros países.
Queria conhecer todas as línguas,
mas era pouco estudado.
Então percebeu
que para beijar em Português,
precisaria conhecer um Fado.
Em Francês,
precisaria ser mais versado.
Mon baiser, diria ele
com a língua toda enrolada...
E para beijar um Inglês
teria que falar assobiado.
Kiss, kiss, kiss.
Diria ele todo atrapalhado.
E quanto mais indignado
ficasse com essas palavras
mais interessado ele ficava
em beijar em outras línguas.
E se fosse em Holandês,
aí ficaria complicado.
Kus,kus,kus,
Diria ele meio envergonhado.
O Alemão,
era ainda mais complicado.
Küssen, teria que falar,
mas se sentiria desbocado.
Por que será que um beijo,
teria que ser ter
uma grafia com tanto significado?
Em Galês,
Beijar seria assim:
Cusan, diria o beijo
ainda um tanto desconfiado.
Ficou então muito preocupado
e resolveu que dar um beijo
era coisa para ser pensado...

Débora Benvenuti