MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

segunda-feira, 3 de maio de 2010

TEMPO


TEMPO
 

Essa é a questão: TEMPO.

As pessoas vivem em função do Tempo.

Muitos dizem: Eu não tenho Tempo.

- Mas o que é o Tempo?

O Tempo não existe.

Quem inventou o Tempo foi alguém que

 não sabia o que fazer com o Tempo.

- Mas para que inventar algo que não existe?

Pura perda de Tempo!

E você vai se organizar no Tempo para que?

Para encontrar algo para fazer,

quando você não tiver Tempo para fazer nada?

Tudo é Tempo ou é Tempo perdido?

E lá vem o velho refrão de novo:

Há Tempo para tudo - tudo tem seu Tempo...

- Mas onde está o Tempo?

Será que o Tempo existe,

ou você existe em função do Tempo?

Lá vem o Tempo de novo:

- Eu não tenho Tempo!

Se você não tem tempo,

para que vai se preocupar

com algo que você não tem?

Vais perder mais Tempo ainda?

O Tempo já passou na janela

e só você não viu.

- E por que você não viu o Tempo passar?

- Porque o Tempo não existe e se não existe,

por que perdes Tempo com o Tempo?



Débora Benvenuti

AS CORES DO MEU PRESENTE




As cores do meu Presente


Vou colorir
com todas as cores
que eu descobrir,
um mundo encantado
onde exista um lugar,
que eu possa sonhar...
Nele eu quero pintar
uma janela,
que se abra
cada vez que a brisa soprar.
Nessa janela eu possa observar
todos os momentos
que eu deixei passar.
Pintarei novamente com novas cores,
os novos horizontes
que se abrirem para eu sonhar,
porque sei que nele estarás,
a me esperar.
Não quero mais me enganar.
Eu quero ter você a meu lado,
caminhando junto,
como dois apaixonados
que se conheceram
e nunca mais se separaram.
Quero te amar.
Quero te beijar.
Quero sentir o calor do teu abraço e
me perder nos teus braços,
antes que o outono chegue,
que se faça tarde,
e eu não possa te encontrar.
Quero colorir o meu presente,
com todas as cores do universo.
E de todas as cores,
quero escolher a mais bonita,
fazer um laço de fita
e com ele amarrar um bilhete onde
deixo essa frase escrita:
Você é o meu presente
E te quero para todo o sempre...

Débora Benvenuti

O CORAÇÃO E A OSTRA


 



Certo dia um coração, sentindo-se cansado, velho e alquebrado,decidiu que não mais queria ser um coração. Desejou  ser uma ostra e assim sendo,foi esconder-se no fundo do oceano. Levou consigo apenas um grão de areia e embalado pelas ondas do mar, adormeceu e foi jogado na areia da praia. Um Português que por ali passava, recolheu a ostra e a abriu, descobrindo no seu interior, não mais um grão de areia, mas a mais bela pérola.Tomou-a em suas mãos e ficou observando-a,sem saber,o que fazer com ela. Naquele momento,a ostra desejou ser novamente um coração e ficou a espera de que o Português decidisse o que fazer com a pérola. Enquanto observava a pérola, ele pensou: Para que quero uma pérola, se já tenho tudo o que eu quero? A Pérola, percebendo a indecisão do Português,respondeu:- Eu não sou uma Pérola, sou apenas um coração e se me quiseres, poderás me levar contigo. Eu sou o Amor,a Chama da Paixão que o Vento do Tempo jamais apagará e existirei para sempre no seu coração.O Vento que por ali passava,ouvindo o diálogo dos dois,soprou mais forte e acendeu a Chama da Paixão que estavaa dormecida no coração do Português e ele, sentindo-se enternecido,recolheu o coração e o guardou no peito. A partir desse  dia, o coração nunca mais desejou ser uma ostra.

 

                                 Débora Benvenuti