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segunda-feira, 3 de maio de 2010

O CORAÇÃO E A OSTRA


 



Certo dia um coração, sentindo-se cansado, velho e alquebrado,decidiu que não mais queria ser um coração. Desejou  ser uma ostra e assim sendo,foi esconder-se no fundo do oceano. Levou consigo apenas um grão de areia e embalado pelas ondas do mar, adormeceu e foi jogado na areia da praia. Um Português que por ali passava, recolheu a ostra e a abriu, descobrindo no seu interior, não mais um grão de areia, mas a mais bela pérola.Tomou-a em suas mãos e ficou observando-a,sem saber,o que fazer com ela. Naquele momento,a ostra desejou ser novamente um coração e ficou a espera de que o Português decidisse o que fazer com a pérola. Enquanto observava a pérola, ele pensou: Para que quero uma pérola, se já tenho tudo o que eu quero? A Pérola, percebendo a indecisão do Português,respondeu:- Eu não sou uma Pérola, sou apenas um coração e se me quiseres, poderás me levar contigo. Eu sou o Amor,a Chama da Paixão que o Vento do Tempo jamais apagará e existirei para sempre no seu coração.O Vento que por ali passava,ouvindo o diálogo dos dois,soprou mais forte e acendeu a Chama da Paixão que estavaa dormecida no coração do Português e ele, sentindo-se enternecido,recolheu o coração e o guardou no peito. A partir desse  dia, o coração nunca mais desejou ser uma ostra.

 

                                 Débora Benvenuti




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