MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

sábado, 3 de novembro de 2018

O Afeto,a Ternura e o Amor





Nascidos de um mesmo coração,
 o Afeto, a Ternura e o Amor
 foram crescendo e cada qual
 foi tendo os seus próprios ideais.
 Como eram trigêmeos,
 tinham todos algo parecido,
 muito difícil de separar
 e muito menos identificar.
 O Afeto era muito sensível
 e por qualquer coisa ficava sentido.
 Enquanto a Ternura era só coração.
 Ficava com pena do Afeto
 e sentia que devia
 fazer muito mais pelo irmão.
 Falava suave aos seus ouvidos
 palavras ternas com tanto carinho,
 que o Afeto se sentia ainda mais aflito,
 com tanta demonstração de carinho.
 Então o Afeto ficou muito preocupado,
 por que sentiu que não podia
 sentir Amor pela Ternura,
 já que ambos eram irmãos.
 Mas cresceram tão entrosados
 que ficava difícil
 abandonar o coração,
 onde os três haviam sido gerados.
 Aí então ficou feita a confusão.
 O Afeto estava apaixonado pela Ternura
 e pelo que se sabe até então,
 os três jamais abandonaram o coração,
 onde eles haviam sido criados
 pelo Autor da Criação,
 esse mesmo que criou
 esse sentimento chamado...AMOR!!!



Débora Benvenuti

O Blog Falante e o Informante




Quando anoitecia e todos dormiam,
era hora em que muitas coisas aconteciam.
Sem saber que era observado,
O Plágio aparecia
e muitos poemas do Blog,
desapareciam.
No outro dia,
em outra página
eles eram postados
por alguém que dizia
que não sabia
de onde eles eram clonados.
O Blog sempre avisava
ao visitante mal informado,
que os poemas ali postados
eram todos assinados.
Mesmo assim,
eles eram copiados.
E quem os copiava sempre dizia
que jamais seriam identificados,
Ao que o Blog respondia...
Vai nessa...Vai nessa...
Cuidado que estás sendo
Observada...
Clonar o que não te pertence
Pode ser muito complicado...




Débora Benvenuti

O Poema e a Ilusão




O Poema estava apaixonado

pela Ilusão.

Escrevia versos e tentava

conquistar seu coração.

Com palavras carinhosas,

fazia todo o dia

uma declaração.

A Ilusão não queria

demonstrar a sua paixão.

Acreditava que tudo

não passava de uma mera confusão.

Por ser Ilusão,

muito cedo desapareceria

e causaria uma enorme decepção,

a esse coração que dizia amá-la

e não conseguiria viver

com a rejeição.

Sabia muito bem que sofreria,

e sabendo da sua triste condição,

tão logo percebesse o engano,

partiria sem rumo e sem direção.

O Poema, percebendo a sua hesitação,

pediu a Ilusão que convivesse

para sempre no seu coração.

Casariam sem muita badalação,

sem festa e sem convidados,

para não serem incomodados,

nesta nova fase

que iniciavam com tanta convicção.

Para não serem enganados,

selaram assim essa união:

O Poema viveria

e em seus versos escreveria,

tudo o que sentia,

mesmo sabendo que o que sentia

Era a mais pura ilusão.

 

 

 

 

Débora Benvenuti