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sábado, 3 de novembro de 2018

O Poema e a Ilusão




O Poema estava apaixonado

pela Ilusão.

Escrevia versos e tentava

conquistar seu coração.

Com palavras carinhosas,

fazia todo o dia

uma declaração.

A Ilusão não queria

demonstrar a sua paixão.

Acreditava que tudo

não passava de uma mera confusão.

Por ser Ilusão,

muito cedo desapareceria

e causaria uma enorme decepção,

a esse coração que dizia amá-la

e não conseguiria viver

com a rejeição.

Sabia muito bem que sofreria,

e sabendo da sua triste condição,

tão logo percebesse o engano,

partiria sem rumo e sem direção.

O Poema, percebendo a sua hesitação,

pediu a Ilusão que convivesse

para sempre no seu coração.

Casariam sem muita badalação,

sem festa e sem convidados,

para não serem incomodados,

nesta nova fase

que iniciavam com tanta convicção.

Para não serem enganados,

selaram assim essa união:

O Poema viveria

e em seus versos escreveria,

tudo o que sentia,

mesmo sabendo que o que sentia

Era a mais pura ilusão.

 

 

 

 

Débora Benvenuti

quinta-feira, 20 de abril de 2017

O Poema e o Psiquiatra




                              Resultado de imagem para psiquiatra  
Os amigos do Poema já haviam percebido que ele não andava se sentindo muito bem. Sempre que alguém lhe perguntava o que  estava  acontecendo, ele respondia - Eu não sei de nada. E não falava nada. Preocupados, os amigos então lhe disseram que procurasse um psiquiatra que sabia de tudo. Então o Poema agendou uma consulta e no dia  marcado, lá estava ele, esperando para ser atendido. Aguardou alguns instantes na sala de espera e logo foi conduzido à sala do psiquiatra. O Poema se acomodou diante do psiquiatra e este procurou deixar o Poema o mais confortável possível. Começou perguntando como o Poema se chamava e ele rapidamente respondeu:
- Eu não sei de nada. Então o psiquiatra foi logo dizendo:
- Eu sei de tudo!
- Sabe mesmo? perguntou o Poema, admirado com tanta sabedoria.
- Sim, respondeu o psiquiatra. Eu sei de tudo.
- Como pode saber de tudo, se eu não sei de nada?
- Bom, por isso o senhor me procurou. Para saber de tudo. Mas vamos começar pelo começo:
- Por que o senhor me procurou? Como posso lhe ajudar?
- Eu não sei de nada, respondeu o Poema. Quem sabe tudo é o senhor. E se sabe tudo, por que quer saber o que eu sei?
- Para que possamos encontrar o que o senhor procura.
- Mas eu não perdi nada, doutor. Eu não sei de nada, nem vi nada. O senhor viu alguma coisa?
- Eu sei de tudo. Mas tudo mesmo!
- E o que o senhor sabe? retrucou o Poema.
- Eu sei de tudo!
- Mas se o senhor sabe de tudo, porque não me conta o que o senhor sabe?
- Isso não posso lhe contar. Um psiquiatra não pode sair por ai contando tudo o que sabe. É contra a ética profissional.
-Doutor, se o senhor sabe tudo e não quer me contar, eu não tenho mais nada a fazer aqui. E saiu repetindo o que já havia dito: Eu não sei de nada...



Débora Benvenuti

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Sonho e o Poema


O Sonho e o Poema



Madrugada.
 Luzes apagadas.
Era hora do Sonho
fazer o seu passeio
tão esperado.
Mas ainda precisava encontrar o seu parceiro,
 o cavalo alado,
porque era com ele que realizava
os mais fantásticos passeios.
Com ele viajava
nas asas da Imaginação.
E assim os dois iriam
até onde pudessem levar
os seus anseios.
Realizar tudo o que sonhassem.
Passear por lindos campos floridos,
encontrar o Amor mais querido
e com ele sonhar sonhos coloridos .
Andar em bosques encantados.
Beber água da fonte cristalina.
Amar na relva úmida de orvalho,
que caia de mansinho,
para não perturbar o Sonho,
que viajava ainda sonolenta
nas asas de seu parceiro,
que o transportava sem receio,
na sua imaginação.
Por onde passavam,
o Sonho se deliciava
com tudo que encontrava
e quanto mais pensava,
mais sonhos idealizava.
Mas ainda precisava encontrar
o seu amigo, o Poema,
porque quando o Sonho voltasse
 para casa,
precisaria ter quem contasse
o seu fantástico passeio.
E só quem poderia relatar
esses momentos mágicos,
era o seu amigo, o Poema.
Porém sem ele,
quando o Sonho acordasse,
tudo seria apagado
e seus belos momentos
ficariam esquecidos.
Por isso o Poema tinha nessa estória
o papel mais importante.
Mas só ele sozinho
não poderia dar conta do recado.
Precisaria ainda
de uma outra aliada,
que não poderia ser esquecida:
- A sua amiga, a Caneta,
que é quem ajuda o Poema
a contar os momentos
mais delicados
que o Sonho tenha sonhado...


Débora Benvenuti

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Poema e a Ilusão



O Poema estava apaixonado

pela Ilusão.

Escrevia versos e tentava

conquistar seu coração.

Com palavras carinhosas,

fazia todo o dia

uma declaração.

A Ilusão não queria

demonstrar a sua paixão.

Acreditava que tudo

não passava de uma mera confusão.

Por ser Ilusão,

muito cedo desapareceria

e causaria uma enorme decepção,

a esse coração que dizia amá-la

e não conseguiria viver

com a rejeição.

Sabia muito bem que sofreria,

e sabendo da sua triste condição,

tão logo percebesse o engano,

partiria sem rumo e sem direção.

O Poema, percebendo a sua hesitação,

pediu a Ilusão que convivesse

para sempre no seu coração.

Casariam sem muita badalação,

sem festa e sem convidados,

para não serem incomodados,

nesta nova fase

que iniciavam com tanta convicção.

Para não serem enganados,

selaram assim essa união:

O Poema viveria

e em seus versos escreveria,

tudo o que sentia,

mesmo sabendo que o que sentia

Era a mais pura ilusão.

 

 

 

 

Débora Benvenuti