MEU LIVRO - EDITORA CORPOS - PORTUGAL

Mostrando postagens com marcador DECLARAÇÃO. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador DECLARAÇÃO. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 7 de dezembro de 2021

CORAÇÃO SONHADOR

 





A Imaginação viveu tanto tempo sem amor

que nunca imaginou que encontraria

Um Coração Sonhador.

Percorrera longos caminhos, sempre sozinha,

e por mais que procurasse,

seu coração era um eterno sofredor.

A dor que sentia era algo que a oprimia

e não a deixava viver como queria.

O Coração Sonhador era muito namorador

e não se contentava em ter só um amor.

Fazia versos e declarava seus sentimentos

e assim se afirmava como um galanteador.

Mas como quem ama deseja ser amada

isto se tornava um fato desanimador.

E o tal Coração Sonhador,

tinha muita imaginação.

Quanto mais juras de amor fazia,

Mais deixava a Imaginação

com a alma vazia.

A Imaginação sabia que os versos que ele fazia

não eram escritos só para ela,

eram só fantasias.

E ele esperava por uma declaração,

pois acreditava que seus versos,

haviam conquistado a Imaginação.

Houve um tempo em que os dois até acreditaram

que poderiam viver um grande amor.

Mas como a Imaginação era muito esperta,

logo descobriu que o Coração Sonhador,

Era tudo, menos o seu amor.

 

  

Débora Benvenuti


sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O Poema e a Ilusão



O Poema estava apaixonado

pela Ilusão.

Escrevia versos e tentava

conquistar seu coração.

Com palavras carinhosas,

fazia todo o dia

uma declaração.

A Ilusão não queria

demonstrar a sua paixão.

Acreditava que tudo

não passava de uma mera confusão.

Por ser Ilusão,

muito cedo desapareceria

e causaria uma enorme decepção,

a esse coração que dizia amá-la

e não conseguiria viver

com a rejeição.

Sabia muito bem que sofreria,

e sabendo da sua triste condição,

tão logo percebesse o engano,

partiria sem rumo e sem direção.

O Poema, percebendo a sua hesitação,

pediu a Ilusão que convivesse

para sempre no seu coração.

Casariam sem muita badalação,

sem festa e sem convidados,

para não serem incomodados,

nesta nova fase

que iniciavam com tanta convicção.

Para não serem enganados,

selaram assim essa união:

O Poema viveria

e em seus versos escreveria,

tudo o que sentia,

mesmo sabendo que o que sentia

Era a mais pura ilusão.

 

 

 

 

Débora Benvenuti