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terça-feira, 12 de junho de 2012

O Sentimento e a Emoção





O Sentimento divagava enquanto
procurava uma explicação,
que fosse muito convincente,
para falar a um Coração.
Precisava fazer uma declaração
e não sabia como exprimir
essa sensação.
A Emoção o transformava
e isso o deixava sem muita ação.
Não podia expressar mais
do que pensava,
isto o faria criar outras expectativas
e essa não era a sua intenção.
Muitas vezes a Emoção o dominava
e ele não conseguia
demonstrar sua afeição.
Então esperaria a ocasião oportuna
para falar ao Coração.
Diria com sinceridade,
palavras carinhosas,
para não ferir a sensibilidade
nem causar comoção.
Com muita emoção,
com os sentimentos latentes
martelando a sua mente,
confessou que era somente
amizade o que sentia.
Não era amor nem outro sentimento,
isso ficava evidente.
O Sentimento,sorridente,
enfim ficou contente:
Demonstrou seus sentimentos,
com Emoção,sem constrangimentos.


Débora Benvenuti

domingo, 12 de setembro de 2010

A EXPECTATIVA



A Expectativa



 




A Expectativa era um sentimento

que vivia latente

e se fazia presente

em todos os momentos.

Chegava de repente

e assumia um papel

tão enervante,

que desarmava qualquer

semblante.

Muitas vezes era tão inquietante,

que por mais que se quisesse

dela se desfazer,

não se encontrava um jeito

disso acontecer.

E ela sabia muito bem

o poder de sedução

que exercia,

qualquer que fosse a situação.

Nesse momento ela não se continha

e ia aumentando sua pressão,

até explodir de emoção.

Quando conseguia o seu intento,

deixava o ar tão tenso,

que até respirar,

se tornava um tormento.

O coração batia tão fortemente

que dava para escutar

o oscilar ofegante,

do ar que se infiltrava

pelas narinas sibilantes.

Aquele aperto na garganta

ia dando um nó tão fortemente,

que fazia a mente escurecer

e o chão desaparecer.

Depois vinha a calmaria

e a Expectativa desaparecia

bem assim como surgia.

Deixava na sua passagem

um vendaval de emoções

que estraçalhavam qualquer coração.

Quem com ela convivia todo o dia,

sabia o mal que ela fazia,

mas não conseguia

se desfazer dessa agonia,

que a todos consumia,

pelo menos uma vez ao dia.





Débora Benvenuti