Prateleira de Saudades
Em cada prateleira
guardo bem fechadas,
caixinhas amarradas
com fitas amareladas.
Fotos antigas,
pelo tempo desbotadas.
Pedacinhos de papéis,
onde escrevia versos
e de tão ingênuos,
os guardei e ainda os tenho,
para sempre te lembrar.
Em cada prateleira,
uma caixinha com fitas amarradas.
São pedacinhos de um passado
que jamais foi superado.
Ainda as vejo,
quando sinto renascer
o desejo de te ver
e relembrar a chama do desejo
que vi no teu olhar
e que aos pouco se apagou
na saudade que você deixou.
Na prateleira,
as caixinhas são surpresas.
Cada vez que as vejo,
de dentro delas ainda surgem,
flores do campo perfumadas,
que ficaram amassadas,
de tanto ficarem guardadas,
na prateleira de Saudades.
Débora Benvenuti
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