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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Prateleira de Saudades







 


Prateleira de Saudades



 

Em cada prateleira

guardo bem fechadas,

caixinhas amarradas

com fitas amareladas.

Fotos antigas,

pelo tempo desbotadas.

Pedacinhos de papéis,

onde escrevia versos

e de tão ingênuos,

os guardei e ainda os tenho,

para sempre te lembrar.

Em cada prateleira,

uma caixinha com fitas amarradas.

São pedacinhos de um passado

que jamais foi superado.

Ainda as vejo,

quando sinto renascer

o desejo de te ver

e relembrar a chama do desejo

que vi no teu olhar

e que aos pouco se apagou

na saudade que você deixou.

Na prateleira,

as caixinhas são surpresas.

Cada vez que as vejo,

de dentro delas ainda surgem,

flores do campo perfumadas,

que ficaram amassadas,

de tanto ficarem guardadas,

na prateleira de Saudades.



Débora Benvenuti

 
 

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