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terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O SONHO E A ESPERANÇA



O Sonho e a Esperança



O Sonho era filho da Esperança. Nascera tão pequenino, que a sua mãe temera que ele não conseguisse sobreviver. Todas as noites, a Esperança sentava-se à janela do quarto do Sonho, e ficava vigiando o seu sono, enquanto ele dormia. Tinha medo que ele acordasse e não encontrasse a Esperança ao seu lado. Durante a noite ela tecia roupinhas para o Sonho vestir, quando acordasse. Tricotava pacientemente com os fios prateados que recolhia da lua, enquanto ela ficava pendurada lá no céu, iluminando a escuridão da noite. Eram amigas há muito tempo. Enquanto a Esperança tricotava, conversava com a Lua e lhe contava todos os sonhos que a mantinham viva. Sonhava com o Amor, com quem tivera um Sonho lindo e que ela cuidava com todo o carinho, esperando que ele crescesse tão lindo como o pai. Mas o Amor, a maior parte do tempo, estava ausente. Isso não impedia a Esperança de sonhar e ela não se deixava abater. Sabia que um dia o Amor voltaria e a ajudaria a cuidar do Sonho, que tiveram um dia, quando estavam tão apaixonados e o Sonho acabara de nascer. Nas noites frias, ela olhava a Lua pela janela e admirava a sua luminosidade e a forma como se mantinha sempre linda e atraente. É certo, que em algumas noites, ela desaparecia e sua face ficava tão acinzentada, que era difícil para a Esperança conseguir localizá-la na imensidão do firmamento. Nessas noites, ela mal conseguia tecer os agasalhos que tricotava para que o Sonho vestisse ao amanhecer. E a cada dia o Sonho ia ficando maior e a Esperança não desistia de esperar o Amor chegar. O Sonho já entendia um pouco o que acontecia com a mãe. Percebia o quanto ela se esforçava para cuidar do Sonho, para que ele não se perdesse quando saía sozinho pela estrada. Uma vez, o Sonho chegara em casa com os pezinhos tão machucados, que fez a Esperança ficar assustada.
- Meu Sonho, o que aconteceu com você?
- Não foi nada não, foi apenas uma pedra no caminho, respondeu o Sonho,tentando não preocupar a mãe.
- E que fizestes com a pedra, meu Sonho?
- Eu a deixei lá.
- Então volte para buscá-la, respondeu a mãe.
- Por que devo buscá-la? Perguntou o Sonho.
- Porque foram essas pedras que te feriram os pés.
_ Mas encontrarei muitas outras pedras pelo caminho. Que farei com elas?
- Sempre que uma pedra te ferir os pés, retire-as do teu caminho,mas não as odeie. Guarde-as com carinho. Para que um dia você lembre com quantas pedras construístes o castelo dos teus sonhos.


Débora Benvenuti





quinta-feira, 17 de junho de 2010

A ESPERANÇA E A SAUDADE



A Esperança e a Saudade




 
A Esperança estava cansada,

de tanto ser enganada.

Cada vez que em seus sonhos acreditava,

sempre se sentia desarmada.

Nunca estava preparada

e por mais que se esforçasse,

sempre acontecia algo inesperado,

que fazia a Esperança ficar emocionada.

Então lá vinha novamente a Saudade

e com suas palavras adocicadas,

fazia a Esperança ficar entusiasmada.

Falava de coisas amenas,

mas sempre com a intenção

de relembrar as mesmas cenas,

que a Esperança julgava superadas.

Então a Saudade aproveitava

e no coração da Esperança se instalava.

E os sentimentos que ela afastava,

de novo se manifestavam.

E a Esperança, nessas palavras acreditava.

Continuava a sonhar,

os mesmos sonhos que sonhara.

E isso muito mal a ela causava.

A Esperança ficava ainda mais iludida,

mas sempre aconteciam as mesmas coisas

e a Esperança outra vez se enganava.

Não sabia se acreditava na Saudade

ou se recusava a ouvir suas palavras,

que a seus ouvidos soavam,

como a mais bela de todas as melodias.

Assim vivia a Esperança,

sem saber em quem acreditar,

até que um dia surgiu o Amor

e a ela confessou,

que estava apaixonado.

A Esperança enfim pensou,

que já era hora da Saudade ir embora

e nela nunca mais acreditou...


Débora Benvenuti


quarta-feira, 9 de junho de 2010

O SONHO E A ESPERANÇA



O Sonho e a Esperança





O Sonho era filho da Esperança. Nascera tão pequenino, que a sua mãe temera que ele não conseguisse sobreviver. Todas as noites, a Esperança sentava-se à janela do quarto do Sonho, e ficava vigiando o seu sono, enquanto ele dormia. Tinha medo que ele acordasse e não encontrasse a Esperança ao seu lado. Durante a noite ela tecia roupinhas para o Sonho vestir, quando acordasse. Tricotava pacientemente com os fios prateados que recolhia da lua, enquanto ela ficava pendurada lá no céu, iluminando a escuridão da noite. Eram amigas há muito tempo. Enquanto a Esperança tricotava, conversava com a Lua e lhe contava todos os sonhos que a mantinham viva. Sonhava com o Amor, com quem tivera um Sonho lindo e que ela cuidava com todo o carinho, esperando que ele crescesse tão lindo como o pai. Mas o Amor, a maior parte do tempo, estava ausente. Isso não impedia a Esperança de sonhar e ela não se deixava abater. Sabia que um dia o Amor voltaria e a ajudaria a cuidar do Sonho, que tiveram um dia, quando estavam tão apaixonados e o Sonho acabara de nascer. Nas noites frias, ela olhava a Lua pela janela e admirava a sua luminosidade e a forma como se mantinha sempre linda e atraente. É certo, que em algumas noites, ela desaparecia e sua face ficava tão acinzentada, que era difícil para a Esperança conseguir localizá-la na imensidão do firmamento. Nessas noites, ela mal conseguia tecer os agasalhos que tricotava para que o Sonho vestisse ao amanhecer. E a cada dia o Sonho ia ficando maior e a Esperança não desistia de esperar o Amor chegar. O Sonho já entendia um pouco o que acontecia com a mãe. Percebia o quanto ela se esforçava para cuidar do Sonho, para que ele não se perdesse quando saía sozinho pela estrada. Uma vez, o Sonho chegara em casa com os pezinhos tão machucados, que fez a Esperança ficar assustada.
- Meu Sonho, o que aconteceu com você?
- Não foi nada não, foi apenas uma pedra no caminho, respondeu o Sonho,tentando não preocupar a mãe.
- E que fizestes com a pedra, meu Sonho?
- Eu a deixei lá.
- Então volte para buscá-la, respondeu a mãe.
- Por que devo buscá-la? Perguntou o Sonho.
- Porque foram essas pedras que te feriram os pés.
_ Mas encontrarei muitas outras pedras pelo caminho. Que farei com elas?
- Sempre que uma pedra te ferir os pés, retire-as do teu caminho,mas não as odeie. Guarde-as com carinho. Para que um dia você lembre com quantas pedras construístes o castelo dos teus sonhos.