A DÚVIDA
Um Coração que carregava consigo
muito sentimento,
caminhava tristemente
e ia deixando pelo caminho
as marcas de seus pezinhos.
A cada passo que dava,
a Dúvida o acompanhava.
Durante todo o trajeto,
sentia que era seguido,
por essa presença inquietante,
que invadia seus pensamentos.
Queria se desfazer desse sentimento,
mas quanto mais pensava,
mais a Dúvida o perseguia.
Fechar os olhos,
de nada adiantava,
porque até nesse momento,
ela estava presente,
como uma sombra agourenta,
que com seus braços o enlaçava
e o prendia tão fortemente,
que o Coração sufocava.
Queria gritar,
mas nenhum som saia,
e enquanto no sono se debatia,
mais a Dúvida o consumia.
Amanhecia.
Já era dia.
Enquanto a Dúvida existia,
sabia que nada mais faria.
Só restava esperar,
e acreditar que a Dúvida
um dia o pudesse deixar,
para que o Coração
pudesse simplesmente respirar,
e desse pesadelo todo acordar,
e livre para sempre,
novamente seus sonhos sonhar...
Débora Benvenuti
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