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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Fuga da Imaginação



A Fuga da Imaginação


Sem mais inspiração,
a Imaginação adormeceu
e nos seus sonhos
muita coisa aconteceu.
Percorreu longos caminhos
e de tanto andar,
se perdeu.
Percebeu que a cada passo que dava,
as marcas dos seus pezinhos
iam deixando pegadas
pelo caminho.
Precisava esconder as pegadas,
porque para casa,
não mais voltava.
Estava cansada de imaginar
como fugir
sem deixar ninguém perceber.
O dia já ia amanhecer
e a Imaginação precisava
se convencer,
de que fugir para longe
era tudo o que tinha a fazer.
Não gostava que a encontrassem,
porque sempre tinha que dar explicações
e de tanto imaginar,
acabava  por se complicar.
A fuga era a sua única saída,
disso não tinha dúvidas,
mas não queria que descobrissem
onde fora se abrigar.
Depois de muito caminhar,
encontrou uma cabana abandonada.
Uma porta trancada,
parecia há muito tempo abandonada.
Forçou a tranca
que a mantinha assim fechada
e antes que alguém falasse,
a Imaginação entrou,
mesmo sem ser convidada.
A cabana era apertada,
mas muito acolchoada.
Dava para ouvir os sons
que a mantinham acordada.
O lugar era aquecido
e a cama fofa a mantinha protegida.
Ouvia os sons que a embalavam
como se houvesse nascido.
A cantiga de ninar
fazia suas pálpebras pestanejar
e nesse doce embalo
sentiu seu coração balançar.
Descobriu que havia fugido
para um novo abrigo.
Dormia agora no coração
do seu mais novo amigo :
- O Cupido!


Débora Benvenuti

quinta-feira, 20 de maio de 2010

AMIGO CUPIDO



Amigo Cupido


 


Não sei se você percebeu,

Amigo cupido,

mas há muito tempo

não falas mais comigo.

Será que você esqueceu,

aquele meu pedido?

Se foi isso que aconteceu,

quero novamente te falar,

que ainda tenho os mesmos sonhos

para sonhar.

Só que eles não possuem mais

o mesmo colorido.

Com o tempo,

ficaram desbotados

e acabaram sendo esquecidos.

Mas se puderes me ouvir,

eu posso te dizer,

onde os tenho escondido.

Continuam no mesmo lugar,

naquele armário embutido,

numa caixinha de papelão

em formato de coração.

Lá os guardei,

da última vez que os sonhei

e neles ficou o pedido

que fiz à você,

Amigo Cupido.

Queria que me trouxesses

um Amor,

que fosse único e verdadeiro,

que me amasse por inteiro,

e me fizesse muito feliz.

Não precisa ser maravilhoso,

mas tem que ter

a alma perfumada,

como as flores do campo,

que na sua simplicidade,

me trazem tanta felicidade.

Tem que ter no coração

muita sensibilidade,

e o desejo de me amar

com muita intensidade.

Não precisa ser bonito,

nem ser muito letrado,

basta que seja íntegro

e muito delicado.

Que esteja disposto a amar

e ser por mim amado.

É só isso que te peço,

Amigo cupido.

Agora que já lembras do meu pedido,

vá depressa

cumprir a sua promessa.

Eu fico aqui esperando,

porque tenho muita pressa.

Se esperar muito,

me descuido

e acabo com todos os meus sonhos

num segundo,

porque a espera se faz incerta

e os meus sonhos,

nunca mais ninguém desperta.




Débora Benvenuti