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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A Fuga da Imaginação



A Fuga da Imaginação


Sem mais inspiração,
a Imaginação adormeceu
e nos seus sonhos
muita coisa aconteceu.
Percorreu longos caminhos
e de tanto andar,
se perdeu.
Percebeu que a cada passo que dava,
as marcas dos seus pezinhos
iam deixando pegadas
pelo caminho.
Precisava esconder as pegadas,
porque para casa,
não mais voltava.
Estava cansada de imaginar
como fugir
sem deixar ninguém perceber.
O dia já ia amanhecer
e a Imaginação precisava
se convencer,
de que fugir para longe
era tudo o que tinha a fazer.
Não gostava que a encontrassem,
porque sempre tinha que dar explicações
e de tanto imaginar,
acabava  por se complicar.
A fuga era a sua única saída,
disso não tinha dúvidas,
mas não queria que descobrissem
onde fora se abrigar.
Depois de muito caminhar,
encontrou uma cabana abandonada.
Uma porta trancada,
parecia há muito tempo abandonada.
Forçou a tranca
que a mantinha assim fechada
e antes que alguém falasse,
a Imaginação entrou,
mesmo sem ser convidada.
A cabana era apertada,
mas muito acolchoada.
Dava para ouvir os sons
que a mantinham acordada.
O lugar era aquecido
e a cama fofa a mantinha protegida.
Ouvia os sons que a embalavam
como se houvesse nascido.
A cantiga de ninar
fazia suas pálpebras pestanejar
e nesse doce embalo
sentiu seu coração balançar.
Descobriu que havia fugido
para um novo abrigo.
Dormia agora no coração
do seu mais novo amigo :
- O Cupido!


Débora Benvenuti