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terça-feira, 20 de maio de 2014

O Júri




Os Sentimentos decidiram escolher um representante

que pudesse estar presente em todos os momentos

e fosse ao mesmo tempo,

portador dos mais belos acontecimentos.

Escolheram primeiro quem faria parte do júri

e chegaram a um consenso,

que a Razão, a Verdade e a

honestidade eram portadores de tais qualidades.

Quem primeiro desfilou foi a Vaidade,

com tanta sensualidade,

que deixou a todos ofuscados.

Seguiu-se o Exagero,

trazendo consigo coisas fúteis,

sem nenhuma utilidade.

Quando a Tristeza se apresentou,

todo o mundo se calou,

tão pesado o ambiente ficou.

Então chegou a vez do Desânimo

dizer alguma coisa,

mas estava tão calado

que não falou quase nada.

Seguiu-se a Preguiça,

que estava tão cansada que ficou enroscada

no cordão da calçada.

A última candidata

foi a Esperança,

que deixou a todos fascinados,

com o poder que dela emanava,

cada vez que se aproximava

dos outros candidatos

que a observavam admirados.

E a Verdade então falou

com toda a Razão,

que a Honestidade

não poderia perder

a oportunidade

de eleger essa candidata

como a mais perfeita,

porque não possuía nenhum defeito

e a todos deixava uma mensagem

de Esperança, mesmo para aqueles

que já não acreditavam em nada

e a vida nada mais lhes interessava.

Fez-se então, a Esperança,

a mais bela representante,

de todas as mensagens,

que foram entregues

a partir daquele momento

de sublime encantamento.



Débora Benvenuti

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Cinzas das Horas


Cinzas das Horas



 Recolho pacientemente
 as cinzas das horas,
 que se acumulam friamente,
 nesse canto escuro
 e inconsciente da minha mente.
 Não há espaço
 onde eu possa esconder
 o meu pranto
 e a dor dessa espera
 se transformou tanto,
 que não sei mais
 se te amo como antes
 ou se são as cinzas das horas
 que se misturam ao meu desencanto.
 Fez-se noite,
 que cruel espera!!!
 Que faço agora,
 se já não vislumbro mais
 o raiar da aurora?
 Abro as janelas da minha alma
 e espalho ao vento,
 as cinzas dos meus sentimentos...


Débora Benvenuti

quarta-feira, 7 de julho de 2010

A CAIXA DOS SENTIMENTOS



A Caixa dos Sentimentos



 
 

O Amor andava ansioso para descobrir

o que o Coração andava pensando.

Por mais que tentasse descobrir,

sempre o Coração encontrava

uma desculpa para escapulir.

O Amor já havia habitado esse mesmo Coração,

mas já fazia muito tempo e ele morria de aflição,

por que não sabia como seria recebido pelo Coração.

Inventava mil maneiras para se aproximar,

mas o Coração não abria as portas para o Amor entrar.

O Amor então tomou uma decisão:

Procurou o Coração e pediu a ele permissão,

para dar só uma olhadinha,

para ver como andava o coração.

Bateu à porta e percebeu que

a fechadura estava enferrujada,

tal o tempo em que aquela porta

 permanecera fechada.

Talvez o Coração nem soubesse

dessa triste condição,

Por que passava a maior parte

 do tempo na escuridão.

O Amor entrou,

acendeu a luz do Coração

e percebeu que ali que haviam

sido guardados um tesouro,

que valia muito mais do que o ouro.

Reluzia tanto que ofuscava a visão do Amor.

O Amor se aproximou

e encontrou uma caixinha fechada,

com uma fita amarrada.

Desatou a fita e foram saindo de dentro

da caixinhaos sentimentos

 que o Coração havia guardado:

- A felicidade, o Afeto, a Ternura,

a Sensibilidade, o Amor e a Candura

e vários outros sentimentos que o Amor

foi recolhendo,

a medida que eles iam aparecendo.

De posse de todos esses sentimentos,

o Amor chamou o Coração e a ele confessou,

que gostaria de viver para sempre

 morando naquele coração.

E os dois então decidiram,

que as portas jamais se fechariam

enquanto houvesse emoção,

e o Coração aceitasse viver

 com toda essa ilusão.


 



 

quinta-feira, 6 de maio de 2010

FALANDO DE SENTIMENTOS

Falando de Sentimentos


Muitos não entendem

o significado do meu nome.

Mesmo eu ainda me pergunto

porque me chamam Prosopopéia.

Sou uma mistura de sentimentos,

sou prosa e sou verso,

falo do universo

e de seres inanimados.

Tenho vida própria

e também dou vida a quem

nasceu e vive calado.

Se você não me entendeu,

ouça então este ditado:

-“ O essencial é invisível aos olhos

e só se pode ver com o coração.”

E muitas vezes

falei com o Coração,

Viajei com a Imaginação,

Morei em muitos lugares,

Voei pelos ares.

Mesmo não tendo asas

causei muitas exclamações.

Suspirei,amei,fui amado

e também fui chamado

de muitos outros nomes,

mas de todos os que tenho lembrado,

prefiro que me chames

de qualquer nome,

mas que tenha um só significado:

Sou o Amor personificado

e vivo nos corações

de todos os apaixonados...



Débora Benvenuti



A frase citada pertence ao Pequeno Príncipe

Saint Exupery