Neste blog estão reunidos alguns poemas e contos em que faço uso da Prosopopeia (Animação de Sentimentos e Seres Inanimados). Alguns destes poemas foram editados no meu livro "O ACENDEDOR DE CORAÇÕES", editado pela Corpos Editora - Portugal. Em alguns contos, também faço uso de figuras de linguagem para identificar os personagens, alguns reais,outros imaginários que povoam os meus pensamentos.
terça-feira, 4 de maio de 2010
A SOMBRA E A SOLIDÃO
A ILUSÃO
segunda-feira, 3 de maio de 2010
TEMPO
AS CORES DO MEU PRESENTE
O CORAÇÃO E A OSTRA
Certo dia um coração, sentindo-se cansado, velho e alquebrado,decidiu que não mais queria ser um coração. Desejou ser uma ostra e assim sendo,foi esconder-se no fundo do oceano. Levou consigo apenas um grão de areia e embalado pelas ondas do mar, adormeceu e foi jogado na areia da praia. Um Português que por ali passava, recolheu a ostra e a abriu, descobrindo no seu interior, não mais um grão de areia, mas a mais bela pérola.Tomou-a em suas mãos e ficou observando-a,sem saber,o que fazer com ela. Naquele momento,a ostra desejou ser novamente um coração e ficou a espera de que o Português decidisse o que fazer com a pérola. Enquanto observava a pérola, ele pensou: Para que quero uma pérola, se já tenho tudo o que eu quero? A Pérola, percebendo a indecisão do Português,respondeu:- Eu não sou uma Pérola, sou apenas um coração e se me quiseres, poderás me levar contigo. Eu sou o Amor,a Chama da Paixão que o Vento do Tempo jamais apagará e existirei para sempre no seu coração.O Vento que por ali passava,ouvindo o diálogo dos dois,soprou mais forte e acendeu a Chama da Paixão que estavaa dormecida no coração do Português e ele, sentindo-se enternecido,recolheu o coração e o guardou no peito. A partir desse dia, o coração nunca mais desejou ser uma ostra.
Débora Benvenuti
domingo, 2 de maio de 2010
A VOLTA DO RELÓGIO
A IMAGINAÇÃO E O RELÓGIO
A
imaginação estava muito contente,
porque
tinha novas idéias
para
por em ação.
Encontrou
o relógio
pendurado
na parede
e
fez a ele essa indagação:
-
O que fazes aí parado?
Perguntou
a Imaginação
ao
seu amigo Relógio.
-
Eu não estou parado.
Marco
a Linha do Tempo.
-
Para que marcar a Linha do Tempo,
se
o Tempo não existe?
-
É claro que existe,
respondeu o Relógio,
já
um tanto indignado.
-
E onde está a Linha do Tempo?
Perguntou
a Imaginação.
-
A Linha não existe.
Ela
é só imaginária.
-
Se é só imaginária,
isto
quer dizer que ela não existe.
Portanto,
se ela não existe,
por
que não desces
dessa
parede e vamos sair por aí,
fazendo
algumas estrepolias?
-
Se eu não marcar o Tempo,
quem
irá marcar?
-
Podemos pedir ao Sol e a Lua
que
fiquem em prontidão,
enquanto
nós dois saímos
em
busca de diversão.
O
Relógio então desceu,
escorregando
pela cordinha do pêndulo
e
lá se foi ele,
correndo
atrás da Imaginação.
-
Para onde vamos?
Perguntou
o Relógio.
-
Eu não posso correr muito,
tenho
uma perna mais curta
que
a outra e se correr,
sinto
logo dor nas juntas.
-
Não se preocupe,
pense
apenas em algo que nos ocupe.
Tenho
algo em mente,
que
poderemos fazer somente,
enquanto penso em algo diferente.
-
E o que faremos,
se
tudo o que imaginas,
logo
o transformas em ações?
-
Pois sou muito criativa,
senão
não me chamaria Imaginação.
E
os dois lá se foram
praticando
boas ações.
A
primeira coisa em que pensaram,
foi
inventar algo que fizesse
o
mundo parar de girar.
Assim
ninguém nunca mais iria
se
atrasar.
Como
a tarefa era muito difícil,
pensaram
em algo mais prático,
que
pudesse ser benéfico
a
todos os seres do Universo.
Escreveram
versos
e
os espalharam por todos os lados,
dizendo
que o Tempo
era
o Senhor do Universo.
Por
isso não percam Tempo,
tentando
matar o Tempo,
já
que ele não existe.
E
se ele não existe,
Que
fazes aí ... matando o Tempo...?
Débora
Benvenuti