A Paixão
embriagada
caminhava
desmotivada.
Sentia-se
enganada
e no Amor
não mais confiava.
Cada vez
que se declarava
o Amor
fingia que não entendia
e a
Paixão se consumia.
Ardia em
chamas
e nada
conseguia.
Fazia
versos,
dizia o
que sentia
e nada disso
adiantava.
A Paixão
então ficava a cada dia
mais
determinada.
Precisava
conquistar o Amor
e estava
desesperada.
Seus
argumentos eram cheios
de
sentimentos.
A Paixão
era uma chama ardente,
que se
consumia lentamente.
Queimava
como brasa
ao mais
leve sopro da brisa.
E quanto
mais a brisa soprava
mais a
chama se propagava.
A Paixão
se consumia
de tanto
amor que sentia.
Até que
um dia,
O Amor se
contagiou
com o
calor que essa Paixão
por ele
sentia.
Era uma
noite fria
e o Amor
precisava de calor,
para aquecer
o seu coração que sofria.
A Paixão
então se aproximou do Amor
e o
envolveu docemente.
Falou da
sua paixão
e do
quanto precisava desse amor
para
preencher seus dias.
Amor e
Paixão,
a partir
desse dia,
viveram
tão unidos,
que se
tornou impossível
descobrir
qual dos dois
habitavam
um mesmo coração.
Débora
Benvenuti